Seguindo orientações do presidente Jair Bolsonaro, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, exonerou dois servidores que assinaram a nota técnica de que trata do acesso à saúde sexual e reprodutiva no contexto da pandemia da Covid.
Bolsonaro recebeu queixas de deputados da Frente Parlamentar em Defesa da Vida e da Família, que argumentaram: “Em tempo que todos estão preocupados em salvar as vidas, em vista da pandemia de coronavírus, se “preocupa” (a nota técnica) em garantir o acesso ao aborto e a contracepção como serviços essenciais”, diz a nota assinada por 11 deputados dessa frente, presidida pelo deputado Diego Garcia (Podemos-PR). Ele foi o relator na Câmara do Estatuto da Família, anos atrás.
Imediatamente Bolsonaro usou as redes sociais, onde praticamente anunciou a demissão dos autores da nota técnica.
“O ministro da Saúde está buscando identificar a autoria da minuta de portaria apócrifa sobre aborto que circulou hoje pela internet. O MS segue fielmente a legislação brasileira, bem como não apoia qualquer proposta que vise a legalização do aborto, caso que está afeto”, escreveu.
O ministro, então, exonerou hoje a Coordenadora da Saúde das Mulheres, Flávia Andrade Fialho, e o Coordenador da Saúde do Homem, Danilo Campos da Luz e Silva. Ambos ligados à Secretaria de Atenção Primária à Saúde.