A Polícia Federal e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) deflagraram, hoje (23), no Rio de Janeiro, a operação Ararat, que visa coibir o uso de animais em espetáculos e festas que desrespeitem as normas ambientais.
Cerca de 30 policiais federais e sete analistas ambientais cumprem quatro mandados de busca e apreensão, expedidos pela 41ª Vara Criminal do Rio, na capital e na cidade de Itaboraí, na região metropolitana.
Segundo a Polícia Federal, a investigação aponta a possibilidade da manutenção de animais com documentação irregular, alojamentos e alimentação inadequados para as espécies e restrição de espaço.
A operação foi deflagrada pela Delegacia de Repressão aos Crimes contra o Meio Ambiente e Patrimônio Histórico. Os investigados podem responder por crimes ambientais.
O preço da diversão
Existem leis no Brasil que criminalizam atos que causem sofrimento, que inibam o animal de expressar seu comportamento e hábitos alimentares e que causem adoecimento mental e físico, além de estresse, medo e ansiedade. Porém, a Constituição ainda coloca no mesmo patamar as práticas ambientais e culturais.
A discussão sobre o lugar dos animais na indústria de entretenimento humano ocorre em todo o mundo.
No Brasil, 11 estados proíbem o uso de animais em espetáculos circenses, por exemplo: Goiás, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Alagoas, Paraíba, Pernambuco, Mato Grosso do Sul, Espírito Santo e Rio Grande do Sul. Esse movimento de proibição também é encabeçado em outros países da América do Sul, como Argentina, Bolívia, Chile e Peru – alguns com leis estaduais e outras federais.
Em diversas nações europeias e asiáticas a prática é crime. Já os Estados Unidos funcionam tal como o Brasil: alguns estados permitem, outros não.
*Imagem meramente ilustrativa